Foco o céu, com melíflua pinga que pode cair,
E não cai nada só um maldito clarão amarelo,
Tão fingindo, tão cínico e tão idiotamente belo,
Sempre a enganar-me com o seu reluzir.
Hoje, com o olhar no mar ou em ti, bem!
Acordo estalando as encostas para a viragem,
Vou correr no desejo de fingir que o mundo é meu.
Um poeta tem a experiência de sonha-lo bem!
Pego em mim e visto-me desportivamente
E faço o dito cujo aquecimento articular
E corro, até onde o caminho me levar
E leva-me incessantemente ao mergulho da mente.
Sete quilómetros e o corpo já anestesiado,
E corro para te lembrar, pra te amar pra te ter,
E por prazer de te imaginar continuo a correr.
Porque o amor é doido e inexplicado.
Onze quilómetros, aquela musica a tocar,
meu Deus agora é que morro porque eu não quero parar;
Se não me parares juro que vou dar
a volta ou mundo só para te encontrar.
Ana Carina Osório Relvas/A.C.O.R
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